Disco VG+/Capa VG/Álbum Triplo
"Sandinista!" é o quarto álbum de estúdio da banda britânica de punk rock The Clash, lançado como um álbum triplo em 12 de dezembro de 1980. Este trabalho ambicioso e expansivo representou uma evolução significativa para a banda, que experimentou com uma ampla variedade de gêneros musicais além do punk, incluindo reggae, dub, funk, jazz, gospel, calypso, rockabilly, rap e música eletrônica. "Sandinista!" é considerado uma obra ousada e experimental, desafiando convenções musicais e políticas, e é visto por muitos como um dos álbuns mais ecléticos e desafiadores da história do rock.
Após o sucesso de "London Calling" (1979), que já mostrava o desejo da banda de explorar diferentes estilos musicais, o The Clash decidiu ir ainda mais longe com "Sandinista!". O álbum recebeu seu nome em referência à Frente Sandinista de Libertação Nacional, o movimento revolucionário nicaraguense que derrubou a ditadura de Somoza em 1979. Isso reflete o envolvimento e as preocupações políticas da banda, que sempre foi conhecida por sua postura ativista e crítica social.
Gravado em estúdios de Londres, Manchester, Jamaica e Nova York, o álbum captura a diversidade musical e cultural que o The Clash vinha absorvendo. A banda decidiu lançar o álbum como um triplo LP para incluir todas as suas experimentações e ideias, mesmo sabendo que isso seria uma jogada arriscada do ponto de vista comercial. Para garantir que o preço fosse acessível para os fãs, a banda abriu mão de royalties adicionais sobre o lançamento, uma medida que demonstrou seu compromisso com o público e sua visão artística.
"Sandinista!" foi recebido de forma mista pela crítica na época, com alguns elogiando a ousadia e a diversidade do álbum, enquanto outros achavam que ele era longo demais e caótico. No entanto, ao longo dos anos, o álbum ganhou status de clássico cult, sendo valorizado por sua inovação e amplitude musical. Ele é visto como uma representação da ambição artística e da versatilidade do The Clash.
Disco 1:
Lado 1:
The Magnificent Seven – Uma das primeiras músicas de rap gravadas por uma banda de rock, "The Magnificent Seven" é uma crítica ao capitalismo e ao trabalho repetitivo. A faixa é fortemente influenciada pelo funk e pelo hip-hop emergente de Nova York.
Hitsville U.K. – Um dueto entre Mick Jones e Ellen Foley, essa faixa tem uma pegada pop e soul, celebrando o movimento punk britânico e criticando a comercialização da música.
Junco Partner – Um cover de uma canção tradicional de rhythm and blues, que foi reimaginada pela banda com uma forte influência de reggae e dub. A música conta a história de um personagem que enfrenta uma vida de prisões e dificuldades.
Ivan Meets G.I. Joe – Uma faixa com uma batida funk-disco, escrita e cantada pelo baterista Topper Headon, que trata da Guerra Fria e da rivalidade entre os Estados Unidos e a União Soviética, com uma dose de ironia.
The Leader – Uma música mais curta e direta, com uma pegada punk rock. A faixa critica os líderes políticos que buscam poder e fama às custas dos outros.
Something About England – Uma balada épica que explora as mudanças sociais e políticas na Grã-Bretanha ao longo do século XX, especialmente as lutas de classe e o descontentamento com a injustiça social.
Lado 2:
7. Rebel Waltz – Uma faixa melódica com influências de folk e reggae, "Rebel Waltz" é uma canção que combina uma valsa tradicional com um toque moderno, refletindo sobre revolução e resistência.
Look Here – Um cover de Moondog, essa faixa tem uma batida jazzística e uma abordagem diferente das outras músicas do álbum, destacando a diversidade musical da banda.
The Crooked Beat – Uma faixa de reggae e dub cantada por Paul Simonon, o baixista da banda. A música reflete a forte influência do reggae no som do The Clash.
Somebody Got Murdered – Uma das músicas mais roqueiras do álbum, com guitarras fortes e letras que falam sobre a violência urbana e a indiferença em relação a ela.
One More Time – Uma música de reggae mais lenta e introspectiva, com letras que falam de esperança e resistência em meio à opressão.
One More Dub – Uma versão dub de "One More Time", repleta de efeitos sonoros e experimentação, mostrando o lado mais influenciado pelo reggae da banda.
Disco 2:
Lado 3:
13. Lightning Strikes (Not Once But Twice) – Uma faixa que mistura funk e dub, com letras que abordam questões de justiça social e a luta contra o racismo e a opressão.
Up in Heaven (Not Only Here) – Uma faixa com uma abordagem mais roqueira e melódica, que aborda as dificuldades da vida urbana e a falta de moradia adequada para as classes trabalhadoras.
Corner Soul – Uma canção com influência de reggae, com letras que refletem sobre a perda da alma em meio à urbanização e à modernidade.
Let’s Go Crazy – Uma música mais animada e com influência de calypso, que traz um tom festivo ao álbum, mas ainda mantendo uma crítica social subjacente.
If Music Could Talk – Uma faixa mais lenta, com um estilo de dub, onde Joe Strummer reflete sobre o poder da música e sua capacidade de comunicar ideias e emoções.
The Sound of Sinners – Uma canção com influências gospel, que fala sobre religião e redenção de uma maneira sarcástica e irônica.
Lado 4:
19. Police on My Back – Um cover de uma música de The Equals, "Police on My Back" é uma faixa rápida e energética, com letras sobre ser perseguido pela polícia, refletindo o clima de desconfiança das autoridades.
Midnight Log – Uma canção curta com uma pegada acústica e um tom mais folk, sobre a introspecção e a busca por justiça.
The Equaliser – Uma faixa longa e experimental com fortes influências de dub e reggae, abordando questões de desigualdade e opressão.
The Call Up – Uma crítica à convocação militar e à guerra, "The Call Up" tem uma batida disco-funk e letras que encorajam a resistência contra a guerra.
Washington Bullets – Uma das faixas mais políticas do álbum, "Washington Bullets" critica a intervenção militar dos Estados Unidos na América Latina, fazendo referência direta aos sandinistas e a outros movimentos revolucionários.
Broadway – Uma música mais lenta e melancólica, que fala sobre o vazio da vida nas grandes cidades e o sentimento de desilusão.
Disco 3:
Lado 5:
25. Lose This Skin – Uma colaboração com o violinista Tymon Dogg, essa faixa tem uma pegada folk punk, com letras que falam sobre escapar da opressão.
Charlie Don’t Surf – Uma música influenciada por reggae que faz referência ao filme Apocalypse Now e ao conflito do Vietnã, criticando o imperialismo e o militarismo.
Mensforth Hill – Uma faixa instrumental experimental que recicla elementos de outras músicas do álbum, com uma abordagem de dub.
Junkie Slip – Uma canção sobre o vício em drogas e as consequências devastadoras, com uma batida mais lenta e introspectiva.
Lado 6:
29. Kingston Advice – Uma faixa com forte influência de reggae, que fala sobre conselhos recebidos e os desafios da vida.
The Street Parade – Uma canção melódica com um tom mais otimista, sobre a celebração e o espírito de revolução.
Version City – Outra faixa fortemente influenciada pelo dub, com letras que falam sobre as dificuldades da vida moderna.
Living in Fame – Uma faixa experimental com batidas eletrônicas e uma abordagem de dub.
Silicone on Sapphire – Uma versão dub instrumental de "Washington Bullets", cheia de efeitos e manipulações de som.
Version Pardner – Mais uma faixa dub, refletindo o experimentalismo do álbum.
Career Opportunities – Uma versão acústica infantil da música lançada originalmente no primeiro álbum da banda, com crianças cantando o refrão.
Shepherds Delight – A faixa final do álbum, um encerramento instrumental influenciado pelo dub, destacando a experimentação sonora do The Clash.
"Sandinista!" é um álbum que desafiou as expectativas tanto do público quanto da crítica. Embora tenha sido recebido de forma mista na época de seu lançamento devido ao seu tamanho e complexidade, ele se tornou um marco de inovação e ambição artística. O álbum expandiu os limites do que uma banda de punk rock poderia fazer, incorporando uma vasta gama de influências musicais e explorando temas sociais e políticos com profundidade e diversidade.
Hoje, "Sandinista!" é considerado um clássico cult, sendo reverenciado por sua ousadia e ecletismo. Ele mostrou que o The Clash era muito mais do que uma banda de punk rock, sendo capaz de criar uma obra de grande amplitude musical e relevância social.
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