Vinil Novo e Lacrado/Importado França
"Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols" é o único álbum de estúdio da banda britânica Sex Pistols, lançado em 28 de outubro de 1977. O álbum é considerado um marco na história do rock e um dos álbuns mais influentes do movimento punk. Apesar da curta carreira da banda e do tumulto em torno de suas controvérsias, o Sex Pistols se tornaram ícones culturais e o álbum ajudou a definir a estética, a atitude e o som do punk rock, tanto no Reino Unido quanto no mundo.
História do Álbum:
"Never Mind the Bollocks" foi lançado em meio a uma grande agitação social e política no Reino Unido, com o desemprego e a insatisfação com o governo conservador crescendo. O Sex Pistols, liderado pelo vocalista Johnny Rotten (John Lydon), o guitarrista Steve Jones, o baixista Sid Vicious (que substituiu Glen Matlock durante as gravações), e o baterista Paul Cook, capturaram o espírito de revolta juvenil e rebeldia contra o status quo. O álbum foi produzido por Chris Thomas e gravado em meio a vários conflitos internos e pressão da mídia, que constantemente alimentava a imagem controversa da banda.
O título do álbum foi propositalmente provocativo. "Never Mind the Bollocks" é uma expressão britânica que pode ser traduzida como "não se importe com as besteiras", e o uso da palavra "bollocks" gerou polêmica na época, com algumas lojas se recusando a vender o disco e rádios se recusando a tocá-lo. No entanto, o álbum foi um sucesso instantâneo, alcançando o topo das paradas no Reino Unido e se tornando um dos maiores álbuns de punk rock de todos os tempos.
As músicas do álbum são diretas, agressivas e, muitas vezes, confrontadoras. As letras de Johnny Rotten abordam temas como anarquia, crítica ao sistema político, revolta social e alienação, tudo com uma atitude sarcástica e debochada. O som do álbum é caracterizado por guitarras rápidas e distorcidas, baixo pulsante, bateria enérgica e os vocais viscerais de Rotten.
Faixas do LP "Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols" (1977):
Lado 1:
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Holidays in the Sun – A faixa de abertura é uma crítica ao turismo e à sociedade capitalista. Com um riff pesado e uma batida intensa, a música foi inspirada por uma viagem de Johnny Rotten a Berlim, refletindo sobre a opressão política e o sentimento de prisão.
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Bodies – Uma das músicas mais agressivas do álbum, "Bodies" aborda o aborto de forma crua e perturbadora. A faixa tem guitarras distorcidas e vocais explosivos, com letras que desafiam tabus sociais.
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No Feelings – Uma declaração de apatia e alienação, "No Feelings" traz uma atitude desafiadora contra as emoções e a sociedade. A faixa tem um riff cativante e mostra a essência da rebeldia do punk.
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Liar – Com uma batida rápida e uma letra direta, "Liar" é uma crítica às falsidades e hipocrisias das pessoas e do sistema. A música reflete o desprezo do Sex Pistols por figuras de autoridade.
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God Save the Queen – Um dos maiores sucessos da banda e uma das músicas mais controversas da época. Lançada durante o Jubileu de Prata da Rainha Elizabeth II, a música critica diretamente a monarquia e o governo britânico, com letras como "God save the queen / The fascist regime". Foi banida de várias rádios e lojas, mas se tornou um hino do movimento punk.
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Problems – Uma faixa que confronta a sociedade e seus problemas com um tom cínico e agressivo. As guitarras rápidas e os vocais de Rotten expressam frustração e raiva contra o conformismo e as expectativas sociais.
Lado 2:
7. Seventeen – Uma faixa curta e direta, que encapsula o espírito rebelde da juventude. Com uma letra simples e repetitiva, a música reflete o desdém pela vida adulta e pelas normas sociais.
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Anarchy in the U.K. – Um dos hinos definitivos do punk rock. "Anarchy in the U.K." é um grito de guerra contra o governo, a sociedade e as convenções. A música foi o primeiro single do Sex Pistols e é frequentemente citada como uma das músicas mais influentes do gênero.
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Submission – Uma faixa que aborda o tema da submissão de forma ambígua. Originalmente sugerida como uma piada interna sobre dominação, a música tem uma batida mais lenta, mas ainda mantém a atitude provocativa.
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Pretty Vacant – Uma das músicas mais populares do álbum, "Pretty Vacant" traz um riff de guitarra cativante e um refrão que se tornou icônico. A música aborda a apatia e a alienação da juventude da época.
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New York – Uma faixa que faz críticas à cena punk de Nova York, especialmente à banda New York Dolls, acusando-os de superficialidade. A música tem uma batida rápida e guitarras pesadas, com Rotten atacando o que ele via como falsidade no movimento.
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E.M.I. – A música de encerramento é uma crítica mordaz à gravadora EMI, que demitiu a banda após uma série de polêmicas. A letra satiriza a indústria musical e a ganância corporativa, enquanto o som mantém a energia punk característica.
Legado:
"Never Mind the Bollocks, Here's the Sex Pistols" é frequentemente considerado um dos álbuns mais influentes da história do rock, ajudando a definir o movimento punk e impactando profundamente a música e a cultura popular. Sua atitude irreverente e desafiadora, combinada com a simplicidade crua de suas canções, inspirou gerações de músicos e artistas que buscavam romper com as convenções estabelecidas.
O álbum foi um sucesso comercial, atingindo o topo das paradas no Reino Unido e vendendo milhões de cópias ao redor do mundo. Sua influência pode ser sentida em várias bandas que surgiram posteriormente, tanto no punk quanto em outros gêneros, como o rock alternativo e o heavy metal.
Embora o Sex Pistols tenha se dissolvido logo após o lançamento do álbum, "Never Mind the Bollocks" permanece como um testemunho do poder revolucionário da música punk e de como uma banda pode, em pouco tempo, transformar o cenário musical e cultural.
