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Disco EX/Capa VG+ e Encarte EX
"Road to Ruin" é o quarto álbum de estúdio da banda americana de punk rock Ramones, lançado em 22 de setembro de 1978. Este álbum marcou uma mudança significativa na sonoridade da banda, já que os Ramones começaram a incorporar mais influências de rock clássico, pop e hard rock em sua música, enquanto ainda mantinham a essência punk de suas faixas rápidas e curtas. "Road to Ruin" também foi o primeiro álbum da banda a contar com Marky Ramone na bateria, substituindo Tommy Ramone, que se afastou das funções de baterista, mas continuou a co-produzir o álbum.
Após o sucesso de seus três primeiros álbuns — "Ramones" (1976), "Leave Home" (1977) e "Rocket to Russia" (1977) —, os Ramones estavam buscando alcançar um público maior. Eles queriam obter mais sucesso comercial, e "Road to Ruin" foi uma tentativa consciente de expandir o som da banda e torná-lo mais acessível, incorporando baladas e canções com estruturas mais convencionais.
Apesar da banda manter suas características punk, como músicas curtas e diretas, os Ramones começaram a experimentar com guitarras acústicas, solos de guitarra e letras mais melódicas em algumas faixas. O álbum também reflete a frustração da banda com a falta de reconhecimento comercial nos Estados Unidos, o que é abordado indiretamente em várias faixas. Embora não tenha alcançado o sucesso comercial que a banda esperava, "Road to Ruin" é considerado um dos álbuns mais importantes e influentes dos Ramones, com músicas que se tornaram clássicos de sua discografia.
A arte da capa do álbum foi desenhada por John Holmstrom, editor e fundador da revista punk Punk Magazine, e apresenta caricaturas dos membros da banda, reforçando a estética única e irreverente dos Ramones.
Lado 1:
I Just Want to Have Something to Do – A faixa de abertura tem um tom mais sombrio e lento do que os fãs dos Ramones estavam acostumados, mas ainda assim mantém a simplicidade das letras e o estilo direto da banda. A música expressa tédio e frustração juvenil, temas recorrentes nas composições dos Ramones.
I Wanted Everything – Uma música sobre a ambição de querer tudo, mas sem obter nada. O ritmo é acelerado, com guitarras pesadas e uma pegada punk clássica.
Don't Come Close – Uma das faixas mais melódicas do álbum, "Don't Come Close" mistura o estilo punk com uma pegada mais pop e country rock. A letra fala sobre distanciamento emocional, e a música reflete o desejo da banda de expandir seu som.
I Don't Want You – Uma música rápida e energética que retorna ao estilo punk direto dos primeiros álbuns da banda. A letra é simples e expressa o desejo de afastar alguém indesejado.
Needles and Pins – Um cover da canção de sucesso de Jackie DeShannon (popularizada pelos Searchers), "Needles and Pins" foi uma das tentativas da banda de alcançar um público maior. É uma balada melódica e uma das faixas mais suaves do álbum, mostrando uma abordagem diferente dos Ramones.
I'm Against It – Uma das faixas mais punk do álbum, "I'm Against It" é um grito de rebeldia, com o vocalista Joey Ramone listando várias coisas das quais ele é contra, de maneira irônica e divertida.
Lado 2:
7. I Wanna Be Sedated – Uma das músicas mais famosas dos Ramones e um clássico do punk rock. "I Wanna Be Sedated" é uma canção sobre o tédio e a frustração de estar em turnê, desejando apenas ser "sedado" para escapar do caos. A batida rápida e o refrão cativante fizeram dela uma das músicas mais icônicas da banda.
Go Mental – Uma faixa pesada e frenética, com guitarras distorcidas e uma letra que reflete a raiva e o desejo de "perder o controle". A música captura a energia crua dos Ramones.
Questioningly – Uma balada acústica incomum para os Ramones, com uma abordagem mais introspectiva. A letra fala sobre um amor perdido, e a música destaca a capacidade da banda de explorar novos territórios musicais.
She's the One – Uma canção rápida e energética que retorna ao som clássico dos Ramones, com um refrão cativante e letras sobre amor juvenil.
Bad Brain – Uma das músicas mais agressivas do álbum, com um ritmo acelerado e guitarras pesadas. A letra fala sobre problemas mentais e a sensação de perder o controle.
It's a Long Way Back – A faixa de encerramento do álbum, com uma melodia mais simples e direta, fala sobre a dificuldade de voltar para casa, seja física ou emocionalmente. É um fim apropriado para o álbum, refletindo o tom de frustração e anseio que permeia o disco.
