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"Minutes to Midnight" é o terceiro álbum de estúdio da banda norte-americana Linkin Park, lançado em 14 de maio de 2007. Este álbum marcou uma grande mudança no som da banda, que se afastou do estilo nu-metal característico de seus primeiros álbuns, "Hybrid Theory" (2000) e "Meteora" (2003). Linkin Park adotou uma abordagem mais diversificada, incorporando elementos de rock alternativo, eletrônico, e até influências de música pop. O álbum foi produzido por Rick Rubin e Mike Shinoda e foi amplamente aclamado por sua experimentação, apesar de dividir opiniões entre os fãs de longa data.
O título "Minutes to Midnight" faz referência ao Relógio do Juízo Final ("Doomsday Clock"), uma metáfora para a iminência de catástrofes globais, como conflitos nucleares e desastres ambientais. As letras do álbum abordam temas políticos, pessoais e emocionais, refletindo as mudanças tanto na sociedade quanto no som da banda.
História do Álbum
Após o grande sucesso de seus dois primeiros álbuns, Linkin Park decidiu se reinventar musicalmente. O período entre "Meteora" e "Minutes to Midnight" foi o maior intervalo entre álbuns da banda até então, levando quatro anos para completar o novo projeto. Durante esse tempo, a banda buscou expandir seus horizontes criativos, experimentando diferentes estilos e abordagens de composição.
Rick Rubin, que já havia trabalhado com bandas icônicas como Red Hot Chili Peppers, Metallica e Beastie Boys, foi escolhido para co-produzir o álbum junto com Mike Shinoda. Linkin Park gravou mais de 100 músicas durante as sessões, mas apenas 12 foram escolhidas para o lançamento final. A banda reduziu drasticamente o uso de rap, distorção e turntables, elementos que eram dominantes em seus álbuns anteriores, e focou em arranjos mais melódicos e sofisticados.
"Minutes to Midnight" estreou no topo das paradas em vários países, incluindo os Estados Unidos, e recebeu certificação de platina por suas vendas globais. Embora a mudança de som tenha causado controvérsia entre alguns fãs de longa data, o álbum foi elogiado por sua maturidade e experimentação.
Faixas do Álbum
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"Wake" – Uma introdução instrumental curta e atmosférica que abre o álbum com tons sombrios e eletrônicos, preparando o terreno para a mudança sonora da banda.
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"Given Up" – Uma das faixas mais pesadas do álbum, "Given Up" é marcada por um riff de guitarra agressivo e uma performance vocal intensa de Chester Bennington, incluindo um grito prolongado de 17 segundos. A música aborda temas de frustração e angústia pessoal.
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"Leave Out All the Rest" – Uma balada emocional que explora a vulnerabilidade e o desejo de ser lembrado após a morte. A música tem uma abordagem mais suave e pop, com letras introspectivas e melodia cativante.
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"Bleed It Out" – Uma das poucas faixas que trazem de volta o rap característico de Mike Shinoda. "Bleed It Out" é uma música animada e energética, com uma combinação de rap, rock e refrão cativante.
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"Shadow of the Day" – Outra balada melódica que mostra o lado mais suave da banda. "Shadow of the Day" tem uma estrutura simples, mas emotiva, com influências claras de U2 e um arranjo de sintetizadores e guitarras limpas.
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"What I've Done" – O primeiro single do álbum e uma das músicas mais conhecidas da banda. "What I've Done" apresenta uma linha de piano simples, mas poderosa, com letras que falam sobre arrependimento e redenção. A música foi usada como tema para o filme "Transformers" (2007).
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"Hands Held High" – Uma das músicas mais políticas do álbum, "Hands Held High" é uma crítica direta à guerra e à violência. Mike Shinoda lidera a faixa com versos de rap emotivos, acompanhados de uma produção minimalista que inclui batidas de tambor e coros.
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"No More Sorrow" – Uma das faixas mais pesadas do álbum, com riffs de guitarra distorcidos e uma batida intensa. A música tem uma vibe de protesto, criticando a corrupção e a ganância, com Chester Bennington entregando uma performance vocal poderosa.
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"Valentine's Day" – Uma música melancólica e introspectiva que fala sobre a solidão e o luto. A produção começa suave e gradualmente se intensifica, refletindo a angústia emocional nas letras.
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"In Between" – Uma faixa mais contida e minimalista, com Mike Shinoda assumindo os vocais principais. A música é suave e introspectiva, com letras que falam sobre arrependimento e a luta interna.
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"In Pieces" – Uma faixa que começa de forma suave, mas cresce em intensidade à medida que avança. A música tem um solo de guitarra emotivo de Brad Delson, destacando uma nova dimensão do som da banda.
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"The Little Things Give You Away" – A última faixa do álbum é épica e grandiosa, com mais de seis minutos de duração. A música tem um tom de lamento e trata das consequências do furacão Katrina, com um arranjo crescente de guitarras e vocais emotivos de Chester Bennington.
Recepção e Legado
"Minutes to Midnight" foi um sucesso comercial, estreando no topo da Billboard 200 e vendendo mais de 600.000 cópias em sua primeira semana nos Estados Unidos. O álbum foi certificado como platina em vários países e gerou uma série de singles de sucesso, incluindo "What I've Done", "Bleed It Out", "Shadow of the Day", e "Leave Out All the Rest".
A mudança de som do Linkin Park gerou opiniões divergentes. Enquanto alguns críticos elogiaram a evolução da banda e sua disposição de experimentar novos estilos, outros lamentaram a ausência do nu-metal pelo qual a banda se tornou conhecida. Apesar disso, "Minutes to Midnight" ajudou a solidificar o Linkin Park como uma das bandas mais versáteis e populares da década de 2000.
O álbum também marcou o início de uma nova fase na carreira da banda, com a continuidade de sua exploração de diferentes sons e estilos em álbuns subsequentes, como "A Thousand Suns" (2010) e "Living Things" (2012).
