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Disco Novo Lacrado
King for a Day... Fool for a Lifetime é o quinto álbum de estúdio da banda americana Faith No More, lançado em 28 de março de 1995. Este álbum marcou uma fase de transição para a banda, sendo o primeiro a não contar com o guitarrista Jim Martin, uma das figuras centrais do som da banda nos trabalhos anteriores. Com a entrada do guitarrista Trey Spruance (do Mr. Bungle, outra banda de Mike Patton), King for a Day trouxe uma maior diversidade de estilos e experimentação, abrangendo gêneros como metal, funk, jazz, soul, e até mesmo música lounge.
Apesar de ter recebido críticas mistas na época de seu lançamento e de não ter repetido o sucesso comercial de seu antecessor Angel Dust (1992), King for a Day se tornou um favorito cult entre os fãs da banda e é amplamente respeitado por sua ousadia e diversidade sonora.
Após a saída do guitarrista Jim Martin, a banda decidiu explorar novas direções musicais. Trey Spruance, que já havia colaborado com Mike Patton em sua outra banda, Mr. Bungle, foi convidado para gravar o álbum, trazendo uma abordagem mais eclética e experimental. A gravação ocorreu no lendário estúdio Bearsville, em Nova York, e foi produzida por Andy Wallace, conhecido por seu trabalho com Nirvana, Slayer e Rage Against the Machine.
Com King for a Day, Faith No More ampliou ainda mais sua gama de estilos, movendo-se entre o metal alternativo, o funk, o rock progressivo e baladas jazzísticas. Mike Patton, como sempre, demonstrou sua incrível versatilidade vocal, navegando por uma variedade de estilos e emoções, desde gritos agressivos até vocais suaves e melódicos.
Embora não tenha alcançado o mesmo nível de sucesso de The Real Thing ou Angel Dust, o álbum foi elogiado por sua ambição e variedade, e algumas faixas se tornaram clássicos nos shows ao vivo da banda.
"Get Out" – 2:17
A faixa de abertura é curta e agressiva, com um ritmo rápido e intenso. "Get Out" reflete o lado mais pesado da banda, com guitarras afiadas e vocais enérgicos de Mike Patton. A música abre o álbum com uma explosão de energia.
"Ricochet" – 4:28
Um dos singles do álbum, "Ricochet" é uma faixa melódica, com uma estrutura mais acessível e um refrão marcante. A música tem uma vibe de rock alternativo, com uma sensação de desespero e frustração em suas letras.
"Evidence" – 4:53
"Evidence" é uma das faixas mais surpreendentes do álbum, com uma pegada soul e influências de jazz. A canção tem uma vibe suave e sensual, com uma linha de baixo grooveada e vocais melódicos de Patton. Foi lançada como single e fez sucesso nas rádios.
"The Gentle Art of Making Enemies" – 3:29
Uma das faixas mais agressivas do álbum, "The Gentle Art of Making Enemies" é uma mistura de metal e rock alternativo, com um ritmo frenético e letras afiadas. Patton alterna entre vocais gritados e partes mais melódicas, mostrando sua versatilidade.
"Star A.D." – 3:22
Uma faixa cheia de funk e groove, "Star A.D." é divertida e ousada, com uma vibe quase de big band, destacando trompetes e uma seção de metais. A música tem uma pegada mais dançante e é uma das mais inusitadas do álbum.
"Cuckoo for Caca" – 3:43
Uma faixa pesada e caótica, "Cuckoo for Caca" é uma mistura de metal e experimentalismo. A música é rápida e dissonante, com riffs pesados de guitarra e vocais agressivos, refletindo a abordagem ousada da banda.
"Caralho Voador" – 4:01
Com uma introdução atmosférica e uma melodia descontraída, "Caralho Voador" é uma faixa intrigante que mistura elementos de música latina e rock alternativo. As letras são enigmáticas, e o título, em português, adiciona um toque de mistério à faixa.
"Ugly in the Morning" – 3:06
Outra faixa agressiva e frenética, "Ugly in the Morning" alterna entre momentos caóticos e seções mais melódicas, com Patton mostrando seu estilo vocal versátil. A música reflete a habilidade da banda de misturar diferentes gêneros em uma única faixa.
"Digging the Grave" – 3:04
Lançada como um dos principais singles do álbum, "Digging the Grave" é uma faixa de rock direto e energético, com uma linha de guitarra pesada e um ritmo acelerado. A música foi bem recebida nas rádios de rock e se tornou um dos destaques do álbum.
"Take This Bottle" – 4:59
Uma balada country-rock melancólica, "Take This Bottle" é uma das faixas mais emotivas do álbum. A música tem uma melodia suave e vocais sinceros de Patton, que mostram o lado mais introspectivo da banda.
"King for a Day" – 6:35
A faixa-título é uma das mais longas do álbum, com um arranjo complexo e uma construção gradual. "King for a Day" mistura elementos de rock progressivo e alternativo, com letras que exploram o poder e a fragilidade humana.
"What a Day" – 2:37
Uma faixa curta e enérgica, "What a Day" tem um ritmo acelerado e uma vibe punk. A música é direta e cativante, com uma estrutura simples, mas eficaz.
"The Last to Know" – 4:27
Uma canção mais lenta e melancólica, "The Last to Know" tem uma melodia suave e uma produção atmosférica. A música fala sobre desilusão e perda, com uma performance emocional de Patton.
"Just a Man" – 5:35
A faixa de encerramento é épica e dramática, com um arranjo que mistura soul, gospel e rock. "Just a Man" é uma reflexão sobre a condição humana, com letras introspectivas e uma melodia grandiosa, encerrando o álbum com uma nota emocional.
Embora King for a Day... Fool for a Lifetime tenha recebido críticas mistas na época de seu lançamento, o álbum ganhou reconhecimento ao longo dos anos por sua ousadia e experimentação. Ele mostrou a capacidade do Faith No More de explorar uma variedade de estilos musicais sem perder sua identidade. Embora não tenha alcançado o mesmo nível de sucesso comercial que Angel Dust, o álbum gerou vários singles de sucesso, incluindo "Digging the Grave" e "Evidence".
O álbum também cimentou o status de Mike Patton como um dos vocalistas mais versáteis e inovadores do rock alternativo. King for a Day é considerado por muitos como uma das obras mais subestimadas da banda, e seu status de cult cresceu com o tempo.
King for a Day... Fool for a Lifetime é um álbum que destaca a diversidade e a inovação do Faith No More, explorando uma ampla gama de estilos musicais e emocionais. Com letras afiadas, arranjos experimentais e a performance vocal versátil de Mike Patton, o álbum oferece uma experiência musical complexa e única. Embora tenha sido um desvio do som típico da banda, ele permanece um dos álbuns mais intrigantes e subestimados de sua discografia.
