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The Vegetarians of Love é o segundo álbum solo de Bob Geldof, lançado em julho de 1990. Após o sucesso com a banda The Boomtown Rats e seu envolvimento no ativismo humanitário com o Live Aid em 1985, Geldof continuou sua carreira solo, explorando novos sons e temas pessoais. Este álbum representa uma evolução em seu estilo musical, com uma abordagem mais folk e acústica em comparação com seus trabalhos anteriores.
História do Álbum
Após o fim do The Boomtown Rats, Bob Geldof lançou seu primeiro álbum solo, Deep in the Heart of Nowhere, em 1986, que obteve uma recepção moderada. No entanto, com The Vegetarians of Love, Geldof decidiu seguir uma direção mais introspectiva e menos comercial, experimentando com uma sonoridade mais orgânica e menos centrada no rock. O título irônico e o humor presente nas letras refletem o senso de sarcasmo de Geldof, mas também abordam temas mais sérios e pessoais.
O álbum foi gravado com a banda The Happy Club, formada para acompanhar Geldof, e apresenta uma mistura de folk, cajun, celta e outros estilos tradicionais, o que representou uma mudança significativa em relação ao seu som anterior com o The Boomtown Rats.
Faixas do Álbum
Lado A:
1. A Gospel Song(4:46)
Uma faixa introdutória que combina elementos de música gospel e folk, com letras espirituais e reflexivas.
2. Love or Something (4:38)
Uma canção romântica com um ritmo envolvente, onde Geldof reflete sobre os altos e baixos do amor.
3. The Great Song of Indifference(4:38)
Uma das canções mais conhecidas do álbum, com uma batida animada e letras satíricas sobre apatia em relação às preocupações do mundo. A música tem uma sonoridade folk e celtic, e tornou-se um hit de sucesso.
4. Thinking Voyager 2 Type Things (8:20)
Uma das faixas mais longas e experimentais do álbum, com uma mistura de estilos musicais e uma reflexão filosófica sobre a vida e o universo.
5. Big Romantic Stuff (4:07)
Uma balada com forte influência de música folk, que fala sobre os aspectos mais intensos e românticos da vida.
6. Crucified Me (2:12)
Lado B:
1. The Chains of Pain (3:45)
Uma canção com uma sonoridade mais agitada, com letras que abordam o sofrimento humano e a forma como lidamos com a dor.
2. A Rose at Night (5:50)
Uma balada romântica e melancólica, com forte influência de música celta, destacando o lirismo poético de Geldof.
3. No Small Wonder (4:44)
Uma faixa de ritmo acelerado, com influências de música tradicional e folk, com letras que expressam maravilha diante da vida e do mundo.
4. Walking Back to Happiness (4:32)
Uma canção otimista e cativante, sobre o processo de cura emocional e encontrar felicidade novamente.
5. Let It Go (3:37)
A faixa de encerramento traz uma mensagem de libertação e aceitação, com uma melodia tranquila e letras introspectivas.
6. The End Of The World (1:52)
Estilo Musical e Temática
The Vegetarians of Love é caracterizado por uma combinação de diferentes estilos musicais, incluindo folk, rock acústico, música cajun e influências celtas. Esse álbum reflete uma mudança consciente de Geldof para um som mais intimista, com arranjos instrumentais que incluem acordeões, violinos e guitarras acústicas, criando uma sonoridade orgânica.
As letras do álbum são uma mistura de humor sarcástico e comentários sociais sérios. Geldof aborda questões como a apatia social ("The Great Song of Indifference"), amor e relações pessoais ("Love or Something", "Big Romantic Stuff"), e questões existenciais mais amplas ("Thinking Voyager 2 Type Things").
Recepção
The Vegetarians of Love foi bem recebido pela crítica, que elogiou a mudança de direção musical de Geldof e sua disposição em explorar novos estilos e temas. Embora não tenha sido um grande sucesso comercial, o álbum demonstrou a capacidade de Geldof de evoluir como artista, mantendo seu estilo lírico provocador e seu ativismo social nas entrelinhas.
A faixa "The Great Song of Indifference" foi particularmente bem-sucedida, recebendo airplay significativo nas rádios europeias e tornando-se um dos destaques da carreira solo de Geldof. O álbum ajudou a solidificar sua posição como um artista que, além de suas contribuições no mundo da música, também tinha algo a dizer em termos de crítica social e pessoal.
