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East of the Sun, West of the Moon é o quarto álbum de estúdio da banda norueguesa A-ha, lançado em 27 de outubro de 1990. Este álbum marcou uma mudança significativa no som da banda, que havia alcançado sucesso global nos anos 80 com hits como "Take On Me" e "The Sun Always Shines on TV". Com East of the Sun, West of the Moon, A-ha começou a adotar um estilo mais maduro e introspectivo, distanciando-se da sonoridade pop sintética dos primeiros álbuns e incorporando elementos de rock acústico, jazz e música orquestral.
Embora o álbum não tenha alcançado o mesmo sucesso comercial massivo dos trabalhos anteriores, ele foi aclamado pela crítica por sua maturidade e profundidade musical. A voz melódica e poderosa de Morten Harket, combinada com as composições sofisticadas de Magne Furuholmen e Paul Waaktaar-Savoy, ajudou a banda a se reinventar e expandir seu público.
Após o grande sucesso nos anos 80, a popularidade do A-ha começou a diminuir, em parte devido à rápida evolução do cenário musical. O álbum anterior, Stay on These Roads (1988), embora bem-sucedido, não alcançou o mesmo nível de impacto de Hunting High and Low (1985) ou Scoundrel Days (1986). Para East of the Sun, West of the Moon, A-ha decidiu mudar de direção, optando por um som mais orgânico e menos eletrônico.
O título do álbum foi inspirado no conto folclórico norueguês "East of the Sun and West of the Moon", refletindo a busca da banda por novos horizontes musicais. A produção, mais acústica e menos dependente de sintetizadores, mostrou o desejo da banda de se afastar da imagem de "meninos do pop" que haviam cultivado nos anos anteriores. A-ha também experimentou com sons orquestrais e camadas mais densas de produção, criando um álbum que foi considerado mais sério e introspectivo.
"Crying in the Rain" – 4:25
Um cover da canção escrita por Carole King e Howard Greenfield e popularizada pelo duo The Everly Brothers, "Crying in the Rain" foi o primeiro single do álbum. A versão de A-ha traz uma abordagem mais melancólica e introspectiva, destacando a voz emotiva de Morten Harket.
"Early Morning" – 2:58
Uma faixa com uma pegada mais acústica e folk, "Early Morning" reflete a nova direção do A-ha. A canção tem uma vibe suave e melódica, com uma produção mais orgânica.
"I Call Your Name" – 4:53
Com uma melodia mais dramática e sombria, "I Call Your Name" destaca o lado mais introspectivo da banda. A música é uma combinação de pop e rock com toques de música clássica, criando uma atmosfera emocionalmente carregada.
"Slender Frame" – 3:42
Uma das faixas mais melancólicas do álbum, "Slender Frame" combina letras introspectivas com uma produção minimalista. A música fala sobre vulnerabilidade e emoções complexas, refletindo a maturidade do A-ha.
"East of the Sun" – 4:47
A faixa-título é uma das mais atmosféricas do álbum. Com uma produção mais orquestral e uma melodia envolvente, a canção reflete o tema da busca por algo além do alcançável, ecoando o título do álbum.
"Sycamore Leaves" – 5:21
"Sycamore Leaves" é uma das faixas mais sombrias e dramáticas do álbum. A música mistura elementos de rock e folk, com guitarras marcantes e uma letra enigmática que lida com perda e mistério.
"Waiting for Her" – 4:49
Uma balada melódica e introspectiva, "Waiting for Her" tem uma sensação de saudade e esperança. A produção suave e a entrega vocal de Morten Harket destacam o lado mais emotivo da banda.
"Cold River" – 4:41
Uma faixa mais energética e com influências de rock, "Cold River" é uma das canções mais dinâmicas do álbum. A música tem uma batida intensa e guitarras mais presentes, oferecendo um contraste interessante com as baladas mais suaves do álbum.
"The Way We Talk" – 1:30
Uma breve faixa instrumental com toques de jazz e uma sensação de improvisação. "The Way We Talk" oferece uma pausa no álbum e destaca a versatilidade musical da banda.
"Rolling Thunder" – 5:43
"Rolling Thunder" é uma das faixas mais épicas do álbum, com uma progressão lenta e grandiosa. A música tem uma construção dramática e uma sensação de tensão crescente, refletindo a habilidade da banda em criar atmosferas complexas.
"(Seemingly) Nonstop July" – 2:55
A faixa final do álbum é uma balada suave e nostálgica, com uma melodia relaxante e letras que refletem sobre o passar do tempo. A música encerra o álbum de forma introspectiva, mantendo o tom melancólico e emocional.
East of the Sun, West of the Moon recebeu críticas positivas por sua maturidade e profundidade musical, embora tenha tido um sucesso comercial mais modesto em comparação com os álbuns anteriores da banda. O álbum foi elogiado por seu som mais orgânico e sua exploração de temas mais introspectivos e emocionais.
Embora o álbum não tenha produzido grandes sucessos globais como "Take On Me", ele consolidou a posição do A-ha como uma banda que não tinha medo de evoluir e explorar novas direções musicais. A maturidade do som e a abordagem mais séria às composições ajudaram a banda a ganhar respeito entre os críticos e fãs de música, mesmo que o sucesso comercial tenha diminuído.
East of the Sun, West of the Moon continua sendo um álbum respeitado pelos fãs de A-ha, especialmente aqueles que apreciam o lado mais introspectivo e experimental da banda.
East of the Sun, West of the Moon é um marco na carreira do A-ha, representando uma mudança significativa em seu som e abordagem musical. Com uma produção mais orgânica e letras mais introspectivas, o álbum mostrou uma nova faceta da banda, destacando sua capacidade de se reinventar. Embora não tenha alcançado o mesmo nível de sucesso comercial dos primeiros álbuns da banda, East of the Sun, West of the Moon é um álbum importante na evolução artística do A-ha e continua a ser apreciado por fãs e críticos.