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Monster é o nono álbum de estúdio da banda americana R.E.M., lançado em 27 de setembro de 1994. Após o sucesso mais introspectivo e acústico de álbuns como Out of Time (1991) e Automatic for the People (1992), Monster representou uma mudança significativa para a banda, com um som mais pesado e distorcido, fortemente influenciado pelo rock alternativo e pelo grunge. O álbum é muitas vezes descrito como uma resposta ao movimento grunge que dominava a música na época, além de um esforço da banda para reintroduzir a guitarra elétrica em seu som.
Com Monster, R.E.M. explorou temas mais sombrios, como fama, sexualidade e alienação, tudo envolto em uma produção cheia de distorção e efeitos de guitarra. O álbum foi um sucesso comercial, estreando em primeiro lugar nas paradas dos EUA e do Reino Unido, e gerou uma série de singles de sucesso, como "What's the Frequency, Kenneth?", "Bang and Blame" e "Strange Currencies".
Monster foi gravado em um período em que a banda estava lidando com mudanças pessoais e pressões criativas. Depois de lançar álbuns mais calmos e introspectivos, R.E.M. queria algo que fosse mais "estridente" e apropriado para tocar ao vivo, especialmente considerando que a banda não havia feito uma turnê desde o início dos anos 90. Monster foi, em grande parte, uma reação a isso, com o guitarrista Peter Buck usando sons de guitarra distorcida e experimentações com feedback para criar uma parede de som.
O álbum também refletiu o impacto do suicídio de Kurt Cobain, líder do Nirvana, com quem Michael Stipe, vocalista do R.E.M., tinha uma forte amizade. "Let Me In", uma das faixas mais emocionais do álbum, foi escrita como uma homenagem a Cobain. O álbum também explora as armadilhas da fama, algo que a banda experimentou em primeira mão após seu imenso sucesso nos anos anteriores.
"What's the Frequency, Kenneth?" – 4:00
O primeiro single de Monster e uma das canções mais conhecidas do álbum. A faixa tem um som agressivo e distorcido, com um riff de guitarra marcante. As letras enigmáticas foram inspiradas em um incidente real em que o jornalista Dan Rather foi atacado por um homem que gritava a frase "What's the frequency, Kenneth?".
"Crush with Eyeliner" – 4:39
Uma faixa com uma pegada glam rock e uma forte linha de guitarra distorcida. As letras são irônicas e brincam com temas de sexualidade e identidade. Thurston Moore, do Sonic Youth, faz backing vocals na canção.
"King of Comedy" – 3:41
"King of Comedy" tem uma batida mais eletrônica e aborda as armadilhas da fama e do estrelato. Com uma produção mais experimental e pesada, a faixa se destaca por seu tom sarcástico.
"I Don't Sleep, I Dream" – 3:27
Uma das faixas mais sombrias e atmosféricas do álbum, com um ritmo lento e um vocal contido de Michael Stipe. As letras são introspectivas, falando de desejo e desconexão emocional.
"Star 69" – 3:07
Uma faixa de rock mais acelerada e direta, com um som energético e distorcido. A canção é curta, mas cheia de vigor, com letras que falam sobre perseguição e paranoia.
"Strange Currencies" – 3:52
Um dos singles do álbum, "Strange Currencies" tem uma melodia mais suave e lembra o estilo de "Everybody Hurts", uma balada emotiva. A música trata de amor não correspondido e desejo, com uma melodia envolvente.
"Tongue" – 4:13
Uma balada introspectiva com uma sonoridade mais leve e uma forte presença de piano. A canção tem um tom gospel e uma performance vocal suave de Stipe, que canta em falsete, dando à faixa uma sensação delicada e emocional.
"Bang and Blame" – 5:30
Outro grande sucesso do álbum, "Bang and Blame" foi o segundo single e apresenta uma linha de baixo cativante e um refrão poderoso. A música trata de traição e ressentimento em relacionamentos, e seu som melódico a tornou uma das faixas mais populares de Monster.
"I Took Your Name" – 4:02
Uma faixa com um som sombrio e agressivo, "I Took Your Name" explora temas de identidade e possessão. O riff de guitarra de Peter Buck dá à música um tom ameaçador e intenso.
"Let Me In" – 3:28
Uma homenagem a Kurt Cobain, "Let Me In" é uma das faixas mais emocionais de Monster. A canção tem uma produção densa e sombria, com guitarras distorcidas e letras que expressam a dor e a tristeza pela perda de Cobain.
"Circus Envy" – 4:15
Uma das faixas mais pesadas do álbum, "Circus Envy" tem uma linha de guitarra agressiva e distorcida, refletindo o lado mais sombrio e caótico de Monster. A música trata de raiva e frustração, com um tom feroz e enérgico.
"You" – 4:54
A última faixa do álbum, "You" é uma canção lenta e introspectiva, com um som hipnótico e atmosférico. A música fecha o álbum em um tom melancólico e reflexivo, mantendo a intensidade emocional que permeia todo o trabalho.
Monster foi um enorme sucesso comercial, estreando no topo das paradas dos EUA e do Reino Unido e vendendo milhões de cópias. O álbum foi amplamente elogiado por sua mudança de direção, adotando um som mais pesado e experimental em um momento em que o grunge dominava o cenário musical. Singles como "What's the Frequency, Kenneth?" e "Bang and Blame" se tornaram grandes sucessos e continuam a ser alguns dos hinos mais reconhecidos da banda.
O álbum marcou o início da primeira turnê mundial de R.E.M. em seis anos, mas essa turnê foi marcada por vários problemas de saúde entre os membros da banda, o que interrompeu parte dos shows.
Monster também consolidou R.E.M. como uma das bandas mais influentes dos anos 90, sendo um dos álbuns mais importantes de sua carreira. Embora tenha recebido críticas mistas na época de seu lançamento por sua mudança de estilo, o álbum hoje é visto como um marco importante na evolução da banda.
Monster é um álbum audacioso e experimental que capturou R.E.M. em um momento de transição criativa. Com sua sonoridade pesada e distorcida, o álbum se afastou do estilo mais suave dos trabalhos anteriores e ajudou a redefinir o som da banda para o restante da década de 1990. Tematicamente sombrio e introspectivo, Monster continua a ser um dos álbuns mais intrigantes da discografia de R.E.M., destacando seu desejo de evoluir artisticamente sem perder a essência que os tornou uma das maiores bandas de rock alternativo da história.
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